Gaspar

encenação e dramaturgia de Tiago Correia, a partir de "Kaspar" de Peter Handke

coprodução Teatro Oficina e Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012

Uma história de um Homem que não sabe falar – como um recém-nascido - e de como ele é criado e destruído pela forçada aquisição da palavra. “A peça também se poderia chamar tortura verbal”, diz Peter Handke, inspirando-se no caso real do menino selvagem Kaspar Hauser para nos apresentar a sua visão da relação do Homem com a linguagem: uma relação de tortura, dor e coerção. Instrutores, em representação de um discurso – o nosso - criam Gaspar à sua imagem – à nossa imagem. Vozes em relação às quais ele reage gradualmente, em permanente conflito. Gaspar é educado de forma a ser como o próprio discurso: bem-formado e ordenado.
A dramaturgia de Handke vem directamente da náusea, a doença induzida pelas palavras que escapam ao nosso controlo, o sentimento de impotência face à sua vida perversa e independente. Esta náusea é ao mesmo tempo uma consequência da estupidificante verborreia e o início da sua cura.
“Quem é agora Gaspar? Gaspar, agora quem é Gaspar? O que é Gaspar agora? Gaspar, o que é agora Gaspar?”

Agenda

  • 30 Nov. 2012 - Estreia
  • C. A. A. A., Guimarães
  • 17-20 Jan. 2013
  • Teatro Helena Sá e Costa, Porto

Teasers

  • dramaturgia e encenação
  • Tiago Correia
  • tradução
  • Anabela Mendes
  • interpretação
  • António Parra, Diana Sá, Emílio Gomes e Sara Pereira
  • cenografia
  • Ana Gormicho
  • desenho de figurinos
  • Anita Gonçalves
  • desenho de luz
  • Francisco Tavares Teles
  • música original e sonoplastia
  • Nélson Silva
  • desenho de vídeo e realização
  • Francisco Lobo
  • assistência ao movimento
  • José Olivares
  • produção executiva
  • Maria Pires
  • produção
  • A Turma
  • coprodução
  • Teatro Oficina e Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012